quinta-feira, 28 de maio de 2009
Desafios para a comunicação: dinheiro resolve?
Dinheiro resolve os nossos problemas? Altos investimentos poderiam suprimir a necessidade que a Igreja tem de se reinventar e de reformular sua linguagem?
Segundo reportagem da Associated Press nesta quarta-feira, as denominações tradicionais dos EUA parecem acreditar que sim. Investimento resolve.
A matéria mostra alguns números preocupantes. Entre eles, um que confirma a "pós-cristianização" da sociedade norte-americana. De acordo com a pesquisa, a parcela protestante histórica na população dos EUA caiu de 18,7% em 1990 para 12,9% em 2008.
O vídeo acima faz parte de uma campanha publicitária de US$ 20 milhões da Igreja Metodista dos EUA. O conceito completo você encontra no site: http://www.10thousanddoors.org.
Podemos estar diante de um marco na história da comunicação evangélica. Entretanto, arriscaria meu pescoço em dizer que o sucesso dos metodistas dependerá mais de uma reformulação de linguagem (epistemológica) do que do montante financeiro investido no projeto.
Quem visitar o site e tiver um bom inglês, notará uma preocupação sensível com a busca de uma linguagem mais cosmopolita. Já é um primeiro passo.
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segunda-feira, 25 de maio de 2009
Três tipos de desafio para a comunicação - Epistemológicos
a) Epistemológicas
b) Éticas
c) Técnicas
Vou tratar da mais complexa para a mais simples. Primeiro. O que é epistemologia? Não deixe a palavra te assustar.
É a maneira como o ser humano trata o conhecimento. Como fazemos para chegar até a verdade. É o modo como a humanidade acredita que pode separar fatos de falácias.
Este diagrama pode ajudar:
Existem crenças falsas e verdadeiras. A maneira como cada um escolhe para diferenciar falsas e verdadeiras é o que estuda a epistemologia. Uma vez que um tipo de crença é diagnosticada como real, ela ganha o nome de "conhecimento".
E o que isso tem a ver com comunicação? Mais precisamente, o que tem isso com a maneira de expressarmos o Evangelho?
É basicamente o seguinte:
1. Entendemos o Evangelho como a Verdade.
2. Existem diferentes posturas que diferentes pessoas adotam em relação à maneira como se chega à verdade (espistemologia).
3. Para cada maneira de se caminhar até à verdade, existe um modo diferente de se comunicar o Evangelho.
Pessoas basicamente adotaram as seguintes posturas ao longo da história: Dogmatismo (conhecimento a partir de verdades absolutas); Ceticismo (dúvida de que seja possível um conhecimento firme e seguro, sempre questionando e pondo à prova as ditas verdades); Relativismo (negação da existência de uma verdade absoluta. Cada indivíduo possui sua própria verdade); Perspectivismo (existência de uma verdade absoluta, mas ninguém chega a ela, senão a apenas uma pequena parte).
Ora, expor a Verdade a um dogmático é diferente de evangelizar um cético. Falar do Evangelho de uma maneira eficiente a um relativista exige uma abordagem distante do que seria feito para conversar com um cético ou dogmático.
A problemática dos tempos atuais é maior. Embora fale-se muito que a nossa contemporânea pós-modernidade seja a era do relativismo, é mais fácil crer que a maioria de nós é cético-dogmático-relativista-perspectivista. Ora sou dogmático, ora cético, para outro assunto sou perspectivista.
E a questão fica sendo como comunicar uma mensagem a alguém que é tudo isso ao mesmo tempo?
Alguns exemplos de desafios para a comunicação do Evangelho de ordem epistemológica:
1. Como falar do Cristo para pessoas de uma nação pós-Cristã?
2. Como construir um discurso para uma geração que crê na construção da verdade a partir de uma ótica individual e experiencial?
3. Se a construção da verdade é individual e subjetiva, como elaborar uma liturgia (coletiva por excelência) que leve o indivíduo à Verdade e como conseqüência, à adoração?
(este post estará em constante atualização e reforma).
sexta-feira, 22 de maio de 2009
Janires e a poesia das missões urbanas
É interessante que, ao longo da história humana, caminhemos de um jardim para uma cidade. Intrigante que os ministérios de Cristo e de Paulo tenham sido pelo meio das metrópoles da época. Decepcionante que algumas lideranças cristãs atuais ignorem os centros urbanos como campo missionário.
Janires descreve com maestria a situação da cidade "atrás da fumaça" e no meio da escuridão, causada pela nuvem de poluição, aponta para uma luz de um novo lar. Urbano. Uma Nova Jerusalém.
Para saber mais sobre Janires, clique aqui. Ou assista ao vídeo de Marcelo Gualberto:
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Piadas que Jesus contou
Para assistir com legendas, ative o comando na setinha do lado direito do player ou clique aqui.
Antes ou depois de ver o vídeo, desça com a barra de rolagem, vá até o post do Cheetos e dê uma olhada na imagem. Se quiser rir, pode. Não é pecado.
Sem entrar em teoria sobre "Desafios para comunicação do Evangelho", aqui vai uma dica prática: humor funciona! Jesus usou esta arma.
Agora me despeço. Tenho que ir ao banheiro. Puxe o meu dedo.
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Desafios para a comunicação do Evangelho
Infelizmente, o leitor tem que entender inglês para aproveitar o video completamente, mas acho que vale a tentativa, mesmo que você não seja um expert na língua.
Eu costumo dividir os desafios para a comunicação do Evangelho nos nossos tempos em três categorias: desafios de ordem epistemológica, desafios de ordem ética ou de ordem técnica.
Vou tratar com mais clareza de cada um deles durante as próximas semanas.
Mas como introdução, assista a esse vídeo e pense: a Igreja está preparada para disseminar o Evangelho fazendo o uso de toda esta revolução técnica?
Em que medida temos de remodelar a nossa linguagem para sermos compreendidos nesse mundo da "nova comunicação"? Quais são os fatores principais dentro de uma ética da comunicação no mundo pós-moderno?
Já adianto que não tenho resposta para tudo. Por enquanto, curtam o vídeo.
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terça-feira, 19 de maio de 2009
Jesus em forma de Cheetos?
http://colunas.epoca.globo.com/bombounaweb/2009/05/19/casal-acha-salgadinho-com-a-forma-de-jesus/
Não quero aqui repudiar, nem recriminar o casal que achou o tal salgadinho. Nem reclamar do tipo de cobertura que a mídia deu ou dará o caso. Lanço apenas uma pergunta: Por que procurar Jesus em sinais no lugar de conhecer o que ele fez enquanto esteve na Terra (por meio da leitura do Evangelho)?
Qual Jesus queremos conhecer? Um comestível e salgado? Um comercial, como o Deus-menino da música natalina? Um sofrido e derrotado, como o pendurado em crucifixos?
Creio que Ele passou três anos (relatados, 33 vividos) na Terra e não foi por acaso. Acredito nisto: Ele está ao alcance de todos. Basta ler o livro mais vendido do mundo.
segunda-feira, 18 de maio de 2009
Rick Wakeman: do alcoolismo ao cristianismo
Mildred Wakeman, who brought me to life
Cyril Wakeman, who shaped my life
Nina Wakeman, my partner in life
and Jesus, who gave me life
Rick Wakeman em show (Foto de Tim Ellis, sob licensa Creative Commons Attribution-Share Alike 2.0)
Para voltar a postar no blog, escolhi falar do aniversário de 60 anos do meu tecladista favorito. Um dos líderes do Yes!, banda de Rock Progressivo, ele gravou com Ozzy Osbourne e Black Sabbath, além de Elton John, Alice Cooper, Cat Stevens, David Bowie, entre outros.
Seu ingresso ao grupo britânico veio em 1971. A renovação de seus votos de fé ao cristianismo aconteceu em 1974. Desde o final dos anos 60, o tecladista lutava contra o alcoolismo, que já o tinha levado a alguns ataques cardíacos na época.
De lá para cá, o combate ao vício terminou, com um Wakeman vitorioso, que se torna sexagenário nesta segunda-feira. Para quem quer saber mais desta "Jornada do centro da terra até o céu", clique aqui.
Para um ótimo trabalho de música cristã de Rick, clique aqui.