sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Ranking de 6ª feira: Os 10 maiores atletas

Nesta sexta-feira, o ranking é dos maiores esportistas que eu pude ver em ação. Como nasci em 1983, não tem Pelé, nem Maradona, nem Bill Russell ou qualquer velhinho que você queira colocar nessa lista.

Confesso que natação, ciclismo e atletismo não me seduzem, principalmente depois dos sucessivos casos de doping.

A lista está aí também para isso: concorde, discorde, critique, opine.

1. Eldrick "Tiger" Woods – Ninguém foi tão dominante enquanto se manteve saudável. Entre 2003 e 2005 permitiu que Vijay Singh e Phil Mickelson crescessem por conta de lesões. Fora isso, foi imbatível nos últimos 10 anos.






2. Michael Jordan – Seria o primeiro da lista se não tivesse feito a bobagem de interromper sua carreira no auge para tentar a sorte no baseball. Brilhou na NBA em um tempo de grandes estrelas.







3. Pete Sampras – Por enquanto, ele se mantém o maior jogador de tênis que eu já vi. Mantenho no meu Top 3 por enfrentar uma safra de tenistas mais talentosa do que o próximo no ranking.








4. Roger Federer – quase tão dominante quanto Tiger Woods, mas eventualmente mostra que pode ser derrotado. Seus rivais não são tão brilhantes quanto foram os de Sampras.








5. Zinedine Zidane – Cerebral. O Albert Einstein do futebol. Eterno carrasco da seleção mais vitoriosa da história.









6. Ayrton Senna – Fica atrás de Schumacher, Fangio e Prost em número de títulos na F-1. Conseguiu o que nenhum deles fez. Elevou-se à condição de mito, herói e quase um mártir.








7. Magic Johnson – Ícone da luta contra o HIV, foi o único jogador de basquete da minha geração a realmente atuar nas cinco posições da modalidade. Completo em todos os fundamentos, só não tinha o físico de Jordan.







8. Romário – O antiatleta. Baixinho, não gostava de treinar. Um gênio da adaptação. Veloz quando jovem, tornou-se técnico e conhecedor de atalhos para reinar no Brasil quando envelheceu.







9. Mike Tyson – Uma máquina de nocautear. Certamente ocuparia um lugar mais elevado na lista se não fosse o deplorável fim de sua carreira.








10. Annika Sörenstam - Ao lado de Monica Seles, a golfista sueca é a única atleta de fora dos EUA a faturar o "ESPY Athlete of The Year". Seus títulos a fazem provavelmente a melhor mulher na história da modalidade.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Por que continuar protestando no Twitter?

Segundo estudo da FGV, o Amapá está entre os cinco estados com maior índice de exclusão digital – ao lado de Roraima, Tocantins, Maranhão e Piauí. José Sarney é senador pelo Amapá. Vice de Tancredo Neves, ele assumiu a presidência da República depois de ter construído sua carreira no Maranhão.

Se o eleitorado de Sarney não tem acesso ao computador, de que adianta protestar no Twitter? Se o Senado brasileiro não liga para o que circula na web brasileira, o presidente da casa não cairá nem via eleitorado, nem por cassação. Renúncia já está fora de cogitação. Pra que gastar 140 caracteres se revoltando?

Eis aqui alguns motivos:

Antes da decapitação vem a reclamação

“Se o povo não tem pão, dê-lhe brioches!”, disse a rainha francesa Maria Antonieta pouco antes de seu fim na guilhotina em 1793. A frase veio depois de uma camareira alertá-la sobre pobres que vieram pedir comida em frente ao palácio. A fome virou a Revolução Francesa de 1789.

Li hoje um manifesto no PavaBlog pedindo que as pessoas abandonassem o Twitter e fossem protestar nas ruas. Ok. Concordo. A questão é: haveria este desabafo caso não houvesse "protestagem" no Twitter? Sem os internautas insatisfeitos e preguiçosos que reclamam colados nas cadeiras, dificilmente o assunto seria tão comentado como segue.

Sem a repercussão, não haveria sequer a ideia e o sentimento de necessidade de um manifesto mais estruturado e eficaz. Antes de um movimento organizado, sempre existe o esbravejar coletivo e caótico do banco de praça. No próximo sábado, haverá protestos por todo Brasil.

O Governo é sempre mais lento que a iniciativa privada

Os governantes não ligam para o que falam a blogosfera e os internautas brasileiros. E daí? Eles vão aprender a ouvir. Sempre demora um pouco mais para eles prestarem atenção nessas coisas. Ano que vem tem eleições. Quando ficar comprovado que o buzz da internet influencia o voto, a história vai mudar.

Internet não é brincadeira e quem se ligou disso já está colhendo frutos. A Tecnisa já utiliza o Twitter para vender apartamentos, embora no início deste ano seus diretores não acreditassem nesta possibilidade. Empresas como a E.life se dedicam a monitorar o que clientes falam a respeito de produtos nas mídias sociais.

A iniciativa privada já percebeu o poder destruidor (e também construtivo) de reputações que tem a web 2.0. Políticos e Estado perceberão isto aos poucos.

A sensação enganosa causada por Fora Collor e Diretas Já!

Eu me pergunto sobre o real engajamento das gerações que participaram do Fora Collor e Diretas Já!. Falam como se tivessem realmente feito um estrondoso impacto político e como se fosse um grupo de jovens altamente politizado.

Alguns fatos levam à direção oposta. Há um sem número de casos de corrupção da mesma época do “Caso PC Farias” que não geraram nem de longe a mesma comoção que culminou com o Fora Collor. E, quando perguntamos aos caras-pintadas sobre eles, muitos nem sabem do que se trata.

Uma breve lista. CPI do Orçamento, Máfia dos Gafanhotos, Escândalo do Sivam, Dossiê Cayman, Caso Cacciola, quebra de empresas como: Mappin, Mesbla, Banestado, Encol. Assassinatos como os de Toninho do PT e Celso Daniel.

Propinoduto, valerioduto e mensalão coroam a sensação enganosa deixada pelo Fora Collor. Nem sempre as manifestações de rua geram bons resultados ou mesmo terminam em acontecimentos evidentemente melhores do que os protestos via web.

Creio ser razoavelmente consensual que o Movimento Cansei, por exemplo, obteve resultados menos expressivos do que o #forasarney.

O engajamento virtual e suas implicações reais

Não se sabe ao certo qual o grau de comprometimento que um usuário do Twitter que posta #forasarney realmente tem com a causa. É impossível saber também o quão politizado ele é. Segura afirmar é que o interesse nos assuntos de política nos últimos meses cresceu.

O papel da mídia social, neste caso, foi de dar voz a quem queria falar, mas nunca soube como. Ao se sentir participante da conversa, o internauta buscou por um grau maior de informação, que gerou mais indignação, que pode acabar em ações políticas efetivas.

A queda de Sarney não basta para termos um Brasil melhor. Não sei nem se ele vai cair ou não. A participação da sociedade civil em atos políticos, entretanto, é extremamente salutar para um regime democrático minimamente decente.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Igreja (Universal) pratica "assédio contra a mídia", diz ONG

da Folha de S.Paulo, no Rio

A ONG Repórteres sem Fronteiras, que desde 1985 atua internacionalmente em defesa da liberdade de imprensa, manifestou preocupação com o excesso de ações judiciais em nome de fiéis da Igreja Universal contra jornais brasileiros. Continue lendo.

Comentário do blogueiro:

É lamentável que igrejas e fiéis ditos evangélicos não saibam se recolher aos seus propósitos.

Recentemente, foi a Bola de Neve Church que assumiu que não será mais uma igreja com postura pastoral e vai agora adotar uma atitude "guerreira", no que eu chamo de Jyhad evangélica. Saiba mais.

Agora, a IURD continua em sua busca por afirmação territorial, política, social e simbólica. Cada vez mais distante do propósito bíblico para a Igreja, a entidade comandada por Edir Macedo não deixa outra opção ao segmento reformado: temos de considerá-la uma seita. Herética por excelência.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ranking de 6ª feira: As 10 mais dos Beatles


Toda sexta-feira passarei a publicar um ranking. Bobeira, só pra gerar polêmica. Pra estrear, minhas 10 músicas favoritas dos Beatles, com bons covers para você ver ou ouvir no Youtube.

Recomendo Toto e Jeff Lynne para começar. E depois Ray Charles.

Sinta-se à vontade para discordar, concordar ou postar seu próprio ranking.

1. In My Life
1965, Rubber Soul
Lennon & McCartney
Um cover: Ozzy Osbourne

2. Eleanor Rigby
1966, Revolver
McCartney
Um cover: Ray Charles (remix)

3. While my guitar gently weeps
1968, White Album
George Harrison
Um cover: Toto

4. Nowhere Man
1965, Rubber Soul
Lennon
Um cover: Jeff Lynne

5. Yesterday
1965, Help!
McCartney
Um cover: Marvin Gaye

6. Strawberry Fields Forever
1966, Magical Mistery Tour
Lennon
Um cover: Ben Harper

7. With a Little Help from my Friends
1967, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Lennon & McCartney
Um cover: Joe Cocker

8. Let it Be
1970, Let it Be
McCartney
Um cover: Meat Loaf

9. Lucy in the sky with Diamonds
1967, Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
Lennon & McCartney
Um cover: Bono Vox & The Edge

10. Hey Jude
1968, Hey Jude
McCartney
Um cover: Kiko Zambianchi

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Contos da Cripta: De onde vêm as pessoas solitárias?

A verdade é que nunca estive só. Cada grão de arroz que recolhi do chão da igreja foi uma risada da hipocrisia alheia. Olhando daqui de cima, entendo a solidão do pregador. É justamente porque está sozinho que prepara sermões para ninguém ouvir.

Lembro-me de um rapaz que visitou o templo. Num raro sábado sem casamento. Ele me ofereceu a passagem de ônibus dele para o litoral, assim eu poderia visitar meus pais naquele domingo. Ida e volta. Limparia o piso na segunda-feira com o coração cheio. Meu pai faleceu quatro dias depois disso.

De resto, os velhinhos diáconos e suas famílias passaram por mim e sobre mim. Mesma postura do viúvo pastor, que insistiu em esquecer meu nome. No meu vazio velório, porém, ninguém velou. Só ele. Ele só, sozinho. E se lembrou do meu nome.

A solidão do pregador foi a minha companheira. Nas minhas vassouras eu encontrei amizade que ele não achou em suas canetas e, depois, em seu teclado e tela de computador. Faz um trabalho para outros homens e, por isso, foi abandonado.

Eu não. Nunca senti o gosto do abandono. Agora descanso com quem sempre esteve ao meu lado. E me pergunto: se o pregador e os velhinhos diáconos e os adolescentes endiabrados são sozinhos enquanto acompanhados, se dispensam a presença Dele, por que vão querer ficar aqui com Ele quando morrerem?
Conto inspirado em conversas com o amigo Rick Marino, nas músicas Eleanor Rigby, de Paul McCartney, e Quando se está só, de Sérgio Pimenta e Nelson Bomilcar.
*Os Contos da Cripta deste blog são histórias fictícias de gente que está tentando morrer um pouquinho para que Cristo viva. É ficção, mas pode acontecer com qualquer um.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Poema de Bono Vox a Billy Graham


Eu não gosto muito de traduzir poemas. Acho uma tarefa complicada trazer o sentimento expresso em uma língua para outro idioma. Perde-se muito do sentido original. De qualquer forma, li algo que achei muito bonito e vou publicar por aqui em inglês mesmo:

"The journey from father to friend
is all paternal loves end.
it was sung in my teenage ears
in the voice of a preacher
loudly soft on my tears
I would never forget this
melody line
or its lyric voice that gave my life
a rhyme,
a meaning, that wasn’t there before.
a child, born in dung and straw
with The Fathers love and desire to explain
how we might get on with each other again…."

for The Rev. Billy Graham (that preacher)
Ruth and all the Graham Family
from Bono (March 11 2002)
with much love and respect….

Carta de Bono Vox, do U2, ao evangelista e pastor Billy Graham. Os créditos de publicação vão para o meu amigo recente Kevin Hendricks, diretor do Laboratório de Comunicação para Igrejas e responsável pela inserção da Associação Evangelística Billy Graham na Internet.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Pregadores precisam de ajuda para comunicar melhor. Não é pecado admitir.

Na última sexta-feira fui a um evento de jovens uma Igreja Presbiteriana em São Paulo. Ouvi um típico sermão fora de contexto. Na essência, o pregador estava correto. Falou sobre unidade e como o povo de Deus deve adorar em conjunto, independentemente de idade.

Soou anacrônico. Críticas (discutíveis) às igrejas só de jovens. Mais uma vez assisti a um discurso contra comunidades como a Bola de Neve. Não vou discutir se os ataques foram ou não justos. Injusto foi submeter à exortação um público que pouco tem a ver com a realidade das supostas igrejas “só de jovens” – se é que existe alguma.

Parecia aquele professor que não deixa o menino atrasado entrar na sala de aula e logo depois dá um discurso sobre pontualidade. Ora, aqueles que estão dentro da sala são os pontuais. Não precisam ouvir aquele sermão.

No sábado, em conferência que o Christian Post cobriu no Reino Unido, o pastor Stephen Gaukroger falou algo que vem ao encontro deste episódio – motivo, inclusive de uma série de posts sobre sermão neste blog:

"Há pessoas aos montes em nossas igrejas que precisam desesperadamente de ajuda em suas maneiras de pregar. Acham que sabem fazer sermões, mas falham em ser atraentes, bíblicos e bons comunicadores"

Em drops sobre sermão, sempre publicaremos dicas rápidas de bons pregadores para ajudar quem quer ser ajudado a falar melhor em público, comunicar o Evangelho com mais eficiência.