terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

O mérito da forma

No último final de semana, conversava com um amigo meu, Marcos Botelho, do ministério Jovens da Verdade. Entre muita coisa legal, trocamos idéias sobre a importância dos formatos de propagação e pregação do evangelho. Parte da conversa foi breve:

"O importante é mantermos o bom conteúdo. As pessoas se preocupam com a forma, quando é o conteúdo o que importa", comentou ele sobre o preconceito que alguns têm com igrejas que se manifestam de maneira diferente do tradicional.

Eu repliquei: "Temos um problema, inclusive, de sacralizar formas que atrapalham o conteúdo, ou até vão em direção oposta".

Vou explicar aqui de maneira breve o que quis dizer naquela situação.

Existem alguns conceitos que pregamos com ênfase em nossos púlpitos, mas que, ao adotarmos determinadas estratégias, simplesmente minamos nossa pregação. Exemplo: Show da Fé, comandado pelo missionário R. R. Soares.

É possível que você guarde alguma crítica quanto ao conteúdo do que é pregado naquele programa de televisão, mas e a forma? Que mal há em transmitir um culto pela televisão?

A verdade é que este tipo de ação dificulta que compreendamos que o culto público é um ato coletivo executado por todos que comparecem a ele. A exibição televisiva contribui para uma recepção passiva, fazendo com que o telespectador seja o alvo do culto e não Deus.

A TV deve, sim, ser usada para alcançar vidas, mas a forma como vem sendo utilizada prejudica o conteúdo. Está aí um exemplo de como a forma pode atrapalhar o que pregamos.

O que devemos fazer é submeter a forma ao conteúdo. A forma tem de estar a serviço do conteúdo, viver em função dele.

4 comentários:

Catiguaense disse...

Quando as pessoas deixarem de usar a TV para fazer propaganda de denominação e passar a usá-la apenas pregando o evangelho sem esperar retorno algum, aí a coisa melhorará.

Wagner Romanha disse...

Ow brother, tenho minhas dúvidas sobre o conceito atual de "culto" e o que realmente este seja.
Olha só, considero que a Igreja cultua de forma "reservada".
Quando suas reuniões são "públicas", na verdade estamos "evangelizando".
Cultuamos em comunidade, e, evangelisamos na multidão.
Falamos aos homens e à Deus em momenbtos distintos.
Concorda?
Compliquei?
Abração!!!!

Catarina disse...

legal
gostei do endereço do blog, bem "clever"
rs
então, o conteúdo é sempre o mais importante!
mas q estejamos pregando, não importa onde, não importa quando
há um clamor pela Palavra de Deus
God bless!

Anônimo disse...

victão, concordo em gênero, número e grau. Acredito que isso nada mais é do que falta de foco na real vida cristã. Nossa maior luta deve ser realmente a favor da pregação da sã doutrina, que aliás, foi muito bem defendida no seu outro blog USB, ao qual apóio totalmente.
Mesmo diante desse triste quadro, uma coisa me alivia: nossa percepção de que isso ocorre e a união que tem havido entre os líderes para mitigar isso. Fiquei muito feliz com aquele churras em Salto... mtas cabeças pensantes, engajadas na obra do Senhor e abençoadas por Ele.
Que Deus nos dê sabedoria.
abraço,