Imagine: Deus se humilha novamente e volta a se fazer carne. Anda entre nós, como ser humano, neste início de século 21. O que Jesus Twittaria se estivesse andando por aí e acessando um PC em sua carpintaria? Ou talvez com um iPhone de algum discípulo depois de uma cura miraculosa?
A pergunta me veio depois de ler uma coluna intrigante de Gideon Rachman no Financial Times da última segunda-feira. Em um dos muitos bons insights do texto Um imperativo categórico para o Twitter, o jornalista britânico disse que muitos dos grandes filósofos poderiam usar os 140 toques para divulgar ideias centrais.
Segundo Rachman, a coisa seria mais ou menos desse jeito:
Marx: "Trabalhadores do mundo, uni-vos!"
Bentham: "A maior satisfação nos melhores números"
Kant e seu imperativo categórico: "Aja de acordo com a máxima de que você pode desejar que sua ação seja uma lei universal"
Maquiavel: "Os caras legais se ferram no final" - esta numa óbvia brincadeira reducionista.
E segue a pergunta:
- E Jesus? O que ele twittaria?
Talvez ele, bem como os filósofos acima, não twitasse nada demais. Talvez fizessem como algumas personalidades têm feito. "Indo para um encontro com Kofi Annan. Desejem-me sorte". Já pensou?
Ou Marx: "Engels acaba de tirar caca do nariz na frente de Steve Jobs. Hahaha". Voltando a Jesus: "Indo para Havana curar endemoniados. Havana, depois Negrill, depois Caracas. O mundo era menor há 2 mil anos".
O Twitter tem a capacidade agridoce de transformar gente irrelevante em fonte de informações importantes e de deixar irrelevante gente famosa e intelectual. Não acho que Jesus cairia na armadilha. Acho que seria um subversivo.
Acho que usaria o Twitter para ser simples. Ser objetivo e ser voraz contra o sistema. Mas isto é apenas o que eu acho.
O que Jesus Twittaria?
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Um comentário:
gostei mt desse texto e do seu blog, visitarei sempre!!!
bjinhos!
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