Como será que é possível ter saudade de um lugar em que ainda não se esteve? Nessa maluquice de viver um cristianismo de verdade, a gente fica pra lá de deslocado, porque o doce lar para a criatura que é feita nova tem que ser uma nova cidade.
Por enquanto a gente vai fazendo do mundo velho algo um pouco mais próximo da Nova Jerusalém, se realmente vivemos em novidade de vida.
Saudade
(por Victor Fontana)
Me explica a saudade
Da cidade
Que ainda não visitei
A falta que tenho
Do desenho
Que só experimentei
Na ação do meu amigo
Mais chegado que irmão
No conforto, no abrigo
De um povo sem nação
O que vivi foi esboço
Fruto do esforço
Sobre águas de um vento
Apesar de mim, de meus intentos
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3 comentários:
Nossa...mto interessante sua colocação...é isso mesmo o que sentimos...saudades do que está por vir!!!! Gosto mto de poesia...gostei da singeleza e autenticidade desta...abraços...fik c/Deus!!!
Hj fui na casa de um casal de amigos e falamos sobre N coisas. O ultimo assunto não sei porque cargas d'água foi escatologia. Ler o seu texto apenas testifica o quanto queremos e precisamos ir logo embora daqui. Estamos com saudade da cidade natal que temos e ainda não conhecemos. Deus te abençoe!
Rachel,
Acho muito interessante este tipo de comentário como o seu. É sinal de que ainda tem povo de Deus por aí. Gente que sente falta de um pedaço de "novo" que ainda não temos.
Essa vontade de ir embora aumenta quando percebemos que não damos conta do recado. Que esse corpinho de carne atrapalha. Que esse mundo enoja.
Por enquanto, Reino de Deus é desenho. É imaginação.
Se é imaginação do Artista. Nós somos a obra do Artista. E como obra, temos que remeter à imaginação Dele.
Então, o desejo de ir embora nos leva a uma necessidade de ficar. É um paradoxal ciclo virtuoso.
O quadro foi pintado para ser olhado. Nossa missão é sermos observados e fruídos.
Parafraseando o Mestre: Somos "uma cidade no monte, que não pode ser escondida"
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