sexta-feira, 19 de junho de 2009

Sermão do Monte e o verdadeiro Fim dos Tempos


Esse post é em resposta a um edificante comentário de Rachel em uma postagem mais antiga deste blog.

Ainda tem povo de Deus por aí. Gente que sente falta de um pedaço de "novo" que não temos porque não chegou o tempo.

Ainda não é a hora da Nova Jerusalém. Enquanto estamos por aqui, temos um lugar para viver, mas ficamos sem um lar. E é não mais que natural a vontade de ir embora.

Essa vontade de sair deste sistema aumenta quando percebemos que não damos conta do recado. Que esse corpinho de carne atrapalha. Que esse mundo enoja. Que fazemos o mal que não queremos e deixamos de fazer o bem que desejamos.

Por enquanto, Reino de Deus é desenho. É imaginação. Ele existe num imaginário que faz duro contraste com o falsário "mundo real" que nos cerca.

Se o reino é imaginação do Artista, nós somos a obra. E assim, temos que remeter ao que Ele imaginou.

Então, o desejo de ir embora nos leva a uma necessidade de ficar. É um paradoxal ciclo virtuoso. Em que o mesmo princípio ativo que nos leva a querer ir embora, nos dá um sentido de urgência. Uma sensação de tarefa incompleta. Um senso de dever.

Quem tem saudades da cidade que nunca visitou, tem sede de justiça. Tem ímpeto por transformação social. Transborda em amor. É mensageiro de paz. Chora com os que choram. É mansidão com seus agressores. É perseguido e quer ir. Mas é luz e quer ficar.

O quadro foi pintado para ser olhado. Nossa missão é sermos observados e fruídos. Parafraseando o Mestre: Somos "uma cidade sobre o monte, que não pode ser escondida".

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6 comentários:

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Excelente blog!
Realmente é preciso atentar para as realidades escatológicas do Sermão do Monte, por que estão se cumprindo na integra.
Acesse meu blog. www.vivendoteologia.blogspot.com

Rachel disse...

Que paradoxo.

Mais real impossível. Essa complexa vida justificada por uma graça tão simples assusta e dá o senso da missão de ficar na esperança de ir logo "pra casa".

Deus abençoe vc Vitor.

Abração.

Dé Fukumoto. disse...

Somos a lamparina q não pode ser colocada debaixo da cama.

E enquanto isso, Ele vai nos provendo do combustível q faz c/ q a lâmpada se mantenha acesa... até ser dia perfeito.


Victor, vc já leu o livro Ser é o bastante (de Carlos Queiróz)? indicadíssimo!!

bjo.

dea disse...

Fonts, entrei, li, gostei, volto mais tarde...bjca. Dea

Bruno disse...

Parabéns pelo blog! muito bom mesmo! Conteúdo muito legal, parabéns!
acessem:
Atelier do Sofá
Fortal Piscinas
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Contabilidade Mantiqueira

Anônimo disse...

gostei bastante desse texto q vc escreveu meu amigo
ja devo te-lo lido algumas vezes...

fonts,

de uma olhada no meu blog, escrevi alguns textos sobre contextualizacao do Evangelho e preciso de alguem experiente para dar uma revisada...