Muitos têm buscado o Jesus histórico nos últimos tempos. Querem saber se podemos confiar nos relatos dos evangelhos canônicos, desejam compreender o que está escrito e como foram concebidos os apócrifos ou pseudo-epígrafos. Dizem: “E este novo evangelho de Judas?”.
O que me surpreende é que não vejo o mesmo entusiasmo na busca por um Jesus pictórico, talvez pitoresco. O Jesus gracioso, envolvente e cativante, do “deixe que venham a mim os pequeninos”. O Cristo das gravuras infantis, do sorriso paterno e da misericórdia infindável. O Messias que nega a possibilidade de subir ao trono e se doa e que é Senhor da inclusão, do amor, da justiça social.
No ‘mundo’, busca-se um Jesus histórico. Na ‘igreja’, se fala de um Emanuel abstrato, cuja importância está no nascimento, na morte e na ressurreição, muitas vezes relegando ao esquecimento seu ministério de três anos na terra.
Nas telonas do cinema, em cartaz, vê-se um Aslan, o pitoresco, a gravura, a expressão artística de um Emanuel vívido e vivido por C.S. Lewis. Um verdadeiro ‘Deus Conosco’, que mostra ao Príncipe Cáspian e aos outros aquilo que ele realmente quer: relacionamento sincero. No seu rugido, sua justiça. Na sua imponência de leão, o reconhecimento de quem, factualmente, ele é. Na ternura de atitudes e expressões, ainda que um selvagem felino, ele revela como o rei é cheio de misericórdia.
Leitor, sugiro que você visite a sala de cinema mais próxima e descubra como narnianos podem se assemelhar ao povo de Israel nos momentos do exílio. Como os telmarinos se assemelham à raça humana em muitos aspectos. Enfim, faça as suas próprias descobertas pictóricas.
terça-feira, 17 de junho de 2008
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10 comentários:
Infelizmente temos a tendência de moldar Cristo a nossa imagem. Devolvemos o que Deus fez conosco.
A imagem de Aslam é realmente cheia de significados. Endosso o convite a quem ainda não fez-se presente em uma sala de cinema para ver Lewis em palavras animadas...
Sugestão aceita! Lembro-me bem da cena sacrificial do primeiro filme, em que o Leão se deixava imolar no lugar de um ser odioso. Realmente, um filme cheio de signicados.
bom, muito bom mesmo
bom perceber um Jesus assim. Acho q todas as facetas dele são importantes, tudo o que ele é comunica de maneiras diferentes com pessoas diferentes. Por isso a dificuldade em defini-Lo.
Mas bom, mt bom!
deu vontade de falar: PICTORICO É SUA VÓ!!!!
hahaha.. que palavrinhaaammm..
eh isso aí wong!
pictórico? e depois vc me vem falar do Dia M ?!?!
Ta certo, é isso q a igreja têm que restaurar. Não aquele Deus q morreu e ressucitou la, mas o Deus presente aqui, que agora está junto de mim, vive em mim. Um Deus presente e no presente.
Lewis é muito bom mesmo.
Lindo texto mano!! Muito apropriado.
Victor,
Concordo com você, quanto a menção feita ao filme de C.S.Lewis, quando relaciona a figura do leão Aslam a Cristo. O segundo filme foi tão bom quanto o primeiro. Parabéns pela postagem e pelo blog.
Graça e Paz,
Juber
Eu não gostei muito do filme Lewis, mas é bem melhor do que muitos 'Jesus' que estão pregando por aew!!
E tem um ótimo efeito para os adolescentes, uma boa ferramenta de evangelização para com esse grupo!
;)
Caro Victor. Uma excelente resenha que é mais do que uma resenha. É um texto que deixa saltar das linhas a o andar do seu autor com o Cristo. Gostei demais.
E assisti ao filme do livro do inesquecível livro de Lewis. Muito bom!
Abração.
Inté!
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